Com o aumento da renda média dos brasileiros, adquirir o próprio imóvel tem sido um objetivo mais fácil de ser alcançado. Embora muitas pessoas ainda tenham receio de financiar a casa ou o apartamento dos sonhos, o primeiro passo é conhecer os tipos de financiamento imobiliário.
É importante lembrar que essa é a maneira utilizada por inúmeros brasileiros na hora de adquirir a casa própria. Essencialmente, pelo motivo de que é possível quitar a propriedade em até 35 anos. Neste post, você vai conhecer os tipos de financiamento e os sistemas de amortização disponíveis no mercado. Vamos lá?
Tipos de financiamento imobiliário
Basicamente, o financiamento é o ato de pegar um dinheiro emprestado com uma instituição financeira para a compra de um bem. Esse empréstimo é realizado por meio de um contrato aprovado entre o comprador e o credor. Desse modo, conforme o financiamento escolhido, as suas cláusulas poderão variar. Confira abaixo os financiamentos praticados no Brasil.
Sistema financeiro de habitação (sfh)
Desenvolvido pelo governo federal, o SFH é o mais efetuado, sendo possível a partir de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), com taxa de juros de até 12% ao ano.
Nesse sistema, o limite de preço da moradia é de R$ 950 mil nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Já nos outros estados, o valor máximo é de R$ 800 mil. No entanto, o governo anunciou um pacote de mudanças que entram em vigor a partir de 2019, em que o limite passa a ser de R$ 1,5 milhão em qualquer lugar do país.
O prazo para a quitação é de 35 anos e o investimento deve ser realizado por pessoa física. É importante lembrar ainda que o valor das prestações não deve comprometer mais do que 30% do seu rendimento bruto mensal.
Sistema de financiamento imobiliário (sfi)
Esse também é um sistema criado pelo governo federal, no entanto, não estipula valor máximo para a avaliação do imóvel.
Assim como no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a quitação das parcelas é executada em até 35 anos. Porém, o limite de tempo do financiamento e a taxa de juros poderá variar conforme a instituição financeira escolhida.
O SFI é uma excelente alternativa a quem deseja financiar, mas não se enquadra no Sistema Financeiro de Habitação. Inclusive, esse sistema é disponibilizado tanto para pessoa física quanto jurídica.
Minha casa, minha vida
O programa do governo federal criado em 2009 tem como finalidade possibilitar o acesso das pessoas de baixa renda ao crédito imobiliário. Dessa maneira, o financiamento é realizado em até 360 meses, permitindo o uso do FGTS na amortização e ainda disponibiliza diversos benefícios a essas famílias.
O valor máximo do apartamento dependerá da localização, por exemplo, em municípios com menos de 50 mil habitantes os imóveis são de R$ 90 mil. Já nas grandes capitais, eles podem chegar até R$ 225 mil.
O Minha Casa, Minha Vida se divide em quatro categorias denominadas Faixas:
- Faixa 1: famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.800. Essa categoria conta com o subsídio do governo de até 90% e tem juros de 5% ao ano;
- Faixa 1,5: famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.600, com taxa de juros de 5% ao ano;
- Faixa 2: famílias com renda bruta mensal de até R$ 4.000, com taxa de juros entre 5,5% e 7% ao ano;
- Faixa 3: famílias com renda bruta mensal de até R$ 9.000, com taxa de juros de 8% ao ano.
Crédito imobiliário para servidores públicos
Por terem estabilidade financeira e facilidade na comprovação de renda, os servidores públicos têm certas vantagens na conquista do financiamento imobiliário, já que garantem aos bancos que o crédito concedido será pago no dia correto.
Nessa modalidade, todos os bancos oferecem financiamento, e o melhor: grande parte das instituições dispõem de condições especiais aos funcionários públicos.
Além disso, não é preciso ter uma conta no banco escolhido para realizar o financiamento imobiliário, mas pode ser útil, visto que a organização já terá conhecimento da sua renda e outras movimentações.
Por exemplo, a Caixa Econômica Federal oferece taxas de juros menores nesses casos. Inclusive, para imóveis novos, até 90% do custo pode ser financiado, enquanto para os demais compradores, o percentual parcelado fica em 70%.
Vale destacar que mesmo com a garantia de estabilidade salarial, a análise de crédito ainda é necessária. Portanto, se você é um servidor público e tem o nome “sujo”, é essencial regularizar as suas dívidas antes de solicitar um financiamento.
Sistemas de amortização disponíveis
Sabendo como funcionam os variados tipos de financiamento imobiliário, conheça três maneiras existentes de realizar a amortização das parcelas.
Tabela sac
No Sistema de Amortizações Constantes (SAC) as parcelas vão diminuindo ao longo do tempo. Desse modo, você inicia o financiamento pagando um valor maior e finaliza com prestações mais baixas.
A vantagem desse estilo de financiamento é a segurança que se dispõe. Isso porque, como as parcelas mais altas são cobradas logo no início, qualquer imprevisto que ocorra ao longo do caminho, ainda há a possibilidade de honrar com tais valores, pois continuarão cabendo no bolso.
Tabela price
Por conta da alta inflação e taxas de juros, o Sistema Price precisou ser adaptado à realidade brasileira. Em seu modelo original, utilizado em muitos países, essa tabela tem prestações fixas com juros decrescentes e amortizações crescentes. No início, a maior parte dos valores são referentes aos juros. Logo, esses juros são reduzidos e a amortização se torna a maior parte no final.
No entanto, aqui no Brasil as parcelas não são fixas, pois variam conforme a inflação. Nesse caso, o reajuste das prestações é baseado no indexador pós-fixado TR.
Entre os tipos de financiamento imobiliário, o Sistema Price é o menos utilizado e não é tão vantajoso quando a renda do comprador não é reajustada na mesma proporção da sua dívida com a instituição financeira. Isso porque, no futuro, o valor mensal poderá comprometer mais do que 30% do salário, o que não é muito recomendado.
Tabela sacre
O Sistema de Amortização Crescente (SACRE) é uma combinação entre o Sistema Price e o SAC. Aqui, as parcelas são crescentes até um determinado período, a partir do qual começam a diminuir.
Nesse caso, o reajuste é conectado à taxa referencial, as amortizações são crescentes no decorrer dos anos, em contrapartida, os juros vão diminuindo. A vantagem é que a inadimplência é menor, dado que as prestações decrescem depois de um tempo.
Para uma boa parte da população brasileira, a realização do sonho do imóvel próprio depende da obtenção de crédito. Entretanto, em virtude dos inúmeros tipos de facilidades existentes, é imprescindível contemplar as diferentes condições oferecidas para não se empolgar e fechar um negócio que não conseguirá se comprometer.
Achou interessante conhecer os tipos de financiamento imobiliário? Se você sabe outras maneiras de conseguir um financiamento, deixe o seu comentário neste conteúdo e compartilhe as suas ideias sobre o assunto com a gente!
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