Entenda quais são as funções de um síndico profissional
Quem mora em prédio sempre se questiona sobre como escolher um síndico de condomínio realmente competente. Nessa hora, surge a dúvida: é melhor um síndico morador, presente no dia a dia, ou um síndico profissional, com perfil mais técnico. A decisão não é simples, pois precisa considerar as necessidades do condomínio, bem como a sua condição financeira.
Para facilitar a análise, vamos mostrar as atribuições de um síndico contratado — figura cada vez mais presente em residenciais com diversas unidades. Continue a leitura e conheça os seus diferenciais!
Entenda as funções de um síndico profissional
Ao assumir um trabalho, o síndico profissional responde por diversas obrigações, as quais constam no Código Civil Brasileiro. Além de representar o condomínio legalmente, as suas principais funções são:
- convocar assembleias;
- definir o orçamento (receitas e despesas) anual;
- cuidar da contabilidade mensal;
- trabalhar em parceria com o conselho fiscal (grupo de moradores eleito em assembleia);
- pagar contas e obrigações trabalhistas;
- prestar contas (sobre o andamento de obras, encargos etc.) periodicamente e quando exigido;
- pesquisar, contratar e supervisionar diversos prestadores de serviços;
- fiscalizar o trabalho da administradora;
- informar sobre problemas judiciais e/ou administrativos;
- zelar pela preservação das áreas de uso comum;
- agendar a manutenção dos elevadores, dos itens de segurança predial, entre outros equipamentos;
- verificar a periodicidade de recarga dos extintores, cuidando para que estejam sempre em dia;
- programar a limpeza e a pintura das fachadas;
- realizar obras e reformas, sejam elas urgentes, úteis ou “estéticas”;
- fazer uma apólice de seguro para o prédio;
- atualizar o inventário de bens do condomínio;
- cobrar as taxas condominiais e demais contribuições, evitando a inadimplência;
- aplicar advertências e multas, quando necessário;
- fazer com que se cumpram as normas da Convenção de Condomínio;
- elaborar (caso não exista) e fazer valer o Regimento Interno do Condomínio;
- assegurar o cumprimento das decisões tomadas em assembleias;
- procurar manter a harmonia e o bom relacionamento entre os moradores;
- atualizar o cadastro de moradores.
Síndico morador x síndico profissional
Comparar as atribuições de um síndico morador frente a um síndico profissional é a melhor forma de descobrir qual é o perfil mais indicado para o seu condomínio. A seguir, veja por que as diferenças vão muito além do custo extra na folha de pagamento.
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Quais são as características de um síndico morador?
O síndico morador é um proprietário que assume (após ser eleito em assembleia) a função de síndico do condomínio em que reside. Dessa forma, está naturalmente presente no seu dia a dia.
Trata-se de uma figura comum em prédios antigos e pequenos. Geralmente não dispõe de muito tempo para resolver todas as demandas, tanto que, para dar conta do serviço, alguns recorrem à assessoria da administradora de condomínio.
De fato, muitas vezes o morador se candidata a síndico visando as bonificações (como a isenção da taxa condominial e, em alguns casos, uma ajuda de custo), com o intuito de aliviar o orçamento familiar. Em contrapartida, não atenta às responsabilidades — ou sequer tem preparo suficiente.
Porém, uma vez investido no cargo é preciso exercer a função de forma apropriada. Do contrário, fica sujeito a responsabilizações legais, nas esferas civil, criminal, tributária, fiscal, trabalhista e ambiental.
Quais são as características de um síndico profissional?
O síndico profissional não mora no condomínio, o que faz com que tenha um relacionamento imparcial para com moradores e funcionários. Isso facilita a resolução de problemas e a tomada de decisões.
Por outro lado, o fato de ser terceirizado gera um encargo a mais na folha de pagamento do condomínio — em que já existem gastos com portaria, segurança, limpeza e manutenção. Porém, por ser um gestor capacitado, muitas vezes ele reduz custos em diferentes esferas, “compensando” o seu salário.
Apesar de não estar presente no condomínio, pode ser contactado facilmente, via e-mail ou telefone. Além disso, coloca-se à disposição para reuniões agendadas, sempre que solicitadas.
Mas diferentemente do síndico morador, que atua de modo mais parecido com um zelador, para que o síndico profissional fique a par dos problemas cotidianos, ele precisa ser comunicado. Se ninguém os apontar, eles simplesmente continuarão.
Vantagens de contratar um síndico profissional
Quem vive em condomínios com diversos apartamentos sabe o quanto um bom gerenciamento é necessário para mantê-lo funcionando em sua plenitude, visando o bem-estar comum. Nesse tipo de empreendimento, contratar um síndico faz toda a diferença.
No entanto, é normal que os condôminos fiquem em dúvida se o investimento valerá mesmo a pena. Para ajudar, veja algumas vantagens de contar com um síndico profissional e tire as suas conclusões:
- é mais fácil para os condôminos exigirem e cobrarem uma gestão de qualidade;
- evita que o cargo se torne “vitalício” (o que é comum quando um único morador se dispõe à função);
- tem conhecimento técnico, com formação em administração e/ou direito e especialização em gestão de condomínios;
- é imparcial e transparente, o que facilita as cobranças quanto ao cumprimento das normas do condomínio;
- tem capacitação para lidar com funcionários e prestadores de serviços terceirizados (numerosos em residenciais de maior porte);
- tem uma rede de contatos de confiança, com pedreiros, pintores, eletricistas, encanadores, bombeiros, montadores de móveis, entre outros profissionais;
- coloca-se a disposição para plantões (semanais, quinzenais ou mensais, conforme a necessidade dos moradores);
- consegue dar uma atenção especial para cada área do condomínio, sem deixar nada em segundo plano.
Fatores que indicam que a contratação é necessária
Todo condomínio precisa de um síndico. Afinal, morador ou profissional, ele será o responsável por gerenciá-lo. Porém, alguns fatores tornam a contratação de um especialista indispensável. Por exemplo:
- a existência de vários apartamentos, o que complica o exercício da função e exige o uso de ferramentas específicas, como softwares de gestão financeira;
- a ausência de moradores interessados na posição, seja por falta de tempo, de conhecimento e/ou por receio das responsabilizações legais as quais quem assume o cargo fica sujeito.
Por fim, condôminos que optarem pela contratação de um síndico profissional podem fazê-la por intermédio da administradora. Como mostrado, trata-se de um trabalho com diversas funções e que exige muita responsabilidade — ao mesmo tempo em que é preciso ter paciência e jogo de cintura para lidar com diferentes tipos de pessoas e resolver conflitos. O mais importante é que o escolhido zele pelo patrimônio e pelos interesses dos moradores.
E então, o post ajudou a esclarecer as suas dúvidas? Para saber mais sobre o universo dos condomínios, assine a nossa newsletter!
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