Como renegociar dívidas: 7 passos para sair do vermelho
Passo a passo de como renegociar dívidas
Atualmente, existem mais de 60 milhões de brasileiros que estão com dívidas ou pagamentos atrasados. Se você faz parte desse grupo, a primeira providência é saber quais são suas dívidas e o valor real de cada uma para poder renegociá-las. Para isso, você deve consultar o seu CPF em um dos sites dos órgãos de proteção ao crédito como Serasa ou Boa Vista SPC.
Depois de ter essas informações em mãos, são 7 passos que você deve seguir para renegociar suas dívidas e limpar seu nome. Vamos a eles?
Quer saber como conquistar seu apartamento?
Clique no botão e confira dicas pra tirar os planos do papel.
1. Descubra o valor real da sua dívida
Antes de partir para a renegociação, você precisa entender o tamanho das suas dívidas, ou seja, descobrir o valor total dos seus débitos. Isso é necessário para você planejar como será sua proposta para pagar o débito.
Para saber o valor real das suas dívidas, consulte seu CPF e anote a lista das empresas para as quais você deve. Em seguida, entre em contato com cada uma, veja se é possível solicitar a renegociação pela internet e faça simulações para testar novas condições de pagamento da dívida.
Aliás, vale a pena ver também com a empresa para qual você está devendo o valor da dívida atualizada, porque normalmente são acrescentados juros e outros encargos, como multas por atraso.
2. Defina um limite de quanto você consegue pagar por mês
O segundo passo está relacionado a quanto de fato você consegue pagar por mês para saldar essa dívida. Por isso, para negociar, você precisa antes calcular até quanto poderia pagar por mês sem estourar seu orçamento mensal.
Dica importante: não assuma um compromisso se achar que não conseguirá pagar.
Por exemplo: digamos que suas dívidas somadas são de R$ 6 mil, mas você só consegue pagar R$ 200 por mês para quitar esse débito. Ao fazer a renegociação com o credor, você deve procurar negociar um prazo maior para o valor das parcelas não ser muito alto.
Então, a dica aqui é que vale a pena você negociar um prazo maior, desde que consiga pagar o valor todo mês para eliminar essa dívida do seu orçamento.
3. Escolha sua estratégia de negociação da dívida
Antes de renegociar sua dívida, é importante saber o que você irá propor para a empresa a que está devendo.
Primeiro, apresente todos os documentos que podem comprovar que você consegue pagar o novo acordo. Além disso, faça uma lista de perguntas que você poderá fazer antes de concluir a renegociação, como:
- Qual desconto vou ter sobre a dívida total?
- Se eu pagar à vista, tenho um desconto maior?
- Se precisar parcelar o novo acordo, quais serão os juros?
- Depois de pagar, em quanto tempo o meu nome vai ficar limpo?
- Quando terminar de pagar a dívida, vou receber uma carta de quitação?
Se ainda assim você ficar com alguma dúvida na renegociação, não decida por impulso. Antes, peça para que a proposta de renegociação seja feita por escrito, porque assim você terá todas as informações necessárias para estudar se o novo acordo é de fato vantajoso para você.
Por fim, verifique o documento e volte com uma contraproposta que seja adequada ao seu bolso. Se você e a empresa concordarem, assinem o novo contrato de negociação.
4. Analise as condições da renegociação
Para renegociar dívidas com algumas instituições credoras, preste muita atenção nas condições oferecidas. Principalmente, confira as taxas de juros para parcelar esse novo acordo. Isso porque, mesmo que a parcela seja menor, a dívida pode acabar saindo bem mais cara, devido ao longo prazo.
Uma dica importante é que, se você puder pagar a dívida à vista, é possível conseguir um bom desconto. Porém, isso não é uma regra para todas as empresas. No entanto, se você parcelar a dívida renegociada, não se esqueça de colocá-la no seu orçamento de gastos mensais.
5. Tente chegar a um valor de parcela que seja razoável para o seu orçamento
Numa renegociação, a empresa apresenta uma proposta inicial. Nesse momento, você precisa saber se conseguirá pagar todo mês o valor da parcela ou se vai continuar atrasando o pagamento. Por isso, se você tiver qualquer dúvida ou se o cálculo da dívida não estiver claro, questione a empresa e não decida por impulso. Inclua a parcela na sua planilha de gastos para saber se o valor está dentro do seu orçamento.
Para concluir, saiba que a renegociação deve ser vantajosa para os dois lados, e a proposta precisa estar alinhada com a sua realidade financeira.
6. Evite de fazer novas dívidas após negociar
Depois de renegociar suas dívidas com as melhores condições de pagamento que cabem no seu bolso, lembre-se de pedir ao credor uma carta com as condições acertadas. Depois disso, confira em quanto tempo seu nome ficará limpo em órgãos de proteção ao crédito como Serasa e Boa Vista SPC.
Além do mais, evite cair em armadilhas que façam você se endividar novamente. Procure manter sua planilha de controle de despesas atualizada e continue cortando gastos desnecessários. Assim, você conseguirá organizar suas finanças e sair de vez do vermelho.
Por fim, crie uma reserva de emergência com parte dos seus ganhos. Isso certamente vai ajudar muito se imprevistos acontecerem.
7. Pesquise ofertas e condições de outras instituições financeiras
O último passo é fazer simulações de crédito em mais de uma instituição financeira para descobrir se tem alguma oferta com melhores condições de pagamento e menores juros. Ou seja, você precisa saber qual oferece as melhores condições de negociação para o seu momento financeiro.
Se você não conseguir fazer um acordo com seus credores, saiba que é possível pedir a transferência da dívida para outra instituição financeira. Esse processo é chamado portabilidade de crédito.
Com a portabilidade de crédito, você pode conseguir juros menores de um empréstimo mais caro e até mesmo antecipar parcelas mensais. Dessa forma, você garante pagamentos mais rápidos e sem juros abusivos.
Além disso, existe a opção de reunir todas as suas dívidas em um só contrato, o que elimina burocracia e taxas de juros variadas.
É possível renegociar dívidas pela internet?
Sim! Você pode renegociar suas dívidas pela internet, sem sair de casa. Para isso, é necessário acessar os sites dos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa ou Boa Vista SPC, consultar suas dívidas e tentar fazer a negociação online.
Agora, caso você tenha alguma dívida com um banco, entre no site da instituição para fazer a renegociação dos seus débitos. Para facilitar seu contato, abaixo, seguem os links dos principais bancos do mercado:
Vantagens de renegociar as dívidas
Como vimos, a renegociação de dívidas é a melhor alternativa para quitar seus débitos sem comprometer o seu orçamento. Isso porque, ao negociar condições que sejam viáveis para o seu bolso, você pode reduzir as taxas de juros, diminuir o valor das parcelas e garantir prazos de pagamento maiores.
As vantagens para sua vida financeira de renegociar dívidas são muitas. Abaixo, separamos as 6 principais. Confira.
1. Limpar o nome
Ficar negativado ou, como se diz popularmente, com o “nome sujo” dá muita dor de cabeça. E um dos maiores problemas é não conseguir crédito na praça. Com o nome sujo, não é possível, por exemplo, pedir um cartão de crédito, fazer crediário em lojas, e, principalmente, pedir empréstimos e financiamentos. Tudo isso, a gente sabe, será negado por conta do CPF com restrição.
Afinal, nenhum credor ou empresário vai querer tomar um calote. É por isso que essas empresas fazem a consulta do crédito para analisar se você é um bom pagador ou não.
Outro ponto importante é que o CPF negativado afeta diretamente o score de crédito, que é uma pontuação que mostra se a pessoa é boa pagador de contas ou não. Então, caso você tenha dívidas negativadas, sua pontuação cai, seu score de crédito fica baixo e tudo isso prejudica seu crédito no mercado.
Por isso que a renegociação de dívidas é uma boa alternativa: ela ajuda a limpar o nome mais rápido para você conseguir ter crédito novamente na praça.
2. Aprender a não ser um mal endividado
Quando você precisa renegociar dívidas é que realmente percebe quanto é ruim deixar de pagar as contas em dia. Afinal, ter crédito é importante para tudo que você queira realizar, como comprar a casa própria, criar seu negócio, comprar seu carro novo etc.
Um ponto importante para conquistar seus objetivos é que você não precisa comprometer demais suas finanças para isso. Saiba que tudo deve ser feito com planejamento e consciência. Ao renegociar suas dívidas, você acaba tendo uma visão clara dos seus hábitos de consumo e analisa quais são seus gastos essenciais e os desnecessários, ou seja, entende que é possível não ficar endividado, abrindo mão de tudo que não for essencial.
A partir do momento que você tiver noção da sua vida financeira, procure resolver suas pendências no mercado e aprenda a lidar com seu dinheiro. Com isso, a tendência de você se tornar inadimplente fica bem menor.
3. Trocar dívidas mais cara por mais baratas
Na renegociação de dívidas, é importante avaliar se os juros da empresa para a qual você está devendo são muito altos.
Isso quer dizer que você consegue substituir dívidas mais caras por mais baratas. Em outras palavras, é possível achar melhores prazos, condições de pagamento mais adequadas e taxas de juros menores. Então, faça simulações de crédito e veja qual empresa oferece as melhores opções para você renegociar e quitar suas dívidas.
4. Conseguir menores juros
Outra vantagem de renegociar dívidas é a possibilidade de reduzir as taxas de juros com o credor, assim como aumentar o prazo de pagamento e, em alguns casos, até diminuir o valor da dívida.
Isso acontece quando o credor está aberto para negociar as condições da dívida. Além do mais, existem os feirões de negociação, realizados por birôs de crédito como a Serasa. Nesses feirões, os credores esperam receber o endividado para entrar em um acordo sobre a dívida.
Então, caso você tenha muitas dívidas, o feirão de negociação é uma excelente alternativa para renegociar seus débitos.
5. Evitar que elas cresçam mais ainda
Outro problema do endividamento é o efeito “bola de neve”, quando uma dívida leva a outra e assim sucessivamente. De modo geral, as principais dívidas são geradas por conta de altas taxas de juros. Por isso que fica difícil o pagamento total do débito, já que o endividado não consegue se organizar para dar conta daquilo que deve acrescido de juros e mais juros.
Mas por meio da renegociação de dívidas, a “bola de neve” das dívidas pode ter fim, com o endividado e o credor chegando a um acordo que seja bom para ambas as partes e, assim, evitando que o débito cresça.
Com o respiro das altas taxas de juros, é possível reorganizar a vida financeira e pagar todo o débito dentro da realidade do seu orçamento.
6. Organizar sua vida financeira
Para concluir, uma das principais vantagens de renegociar as dívidas é a educação financeira. Isso porque você começa a se planejar melhor na hora de comprar. Além disso, você analisa quais são suas despesas essenciais e seus gastos desnecessários.
E mais: ter consciência da sua vida financeira evita que você assuma dívidas incontroláveis, obrigando-o a ser mais racional com seus gastos. Com isso, você evita compras compulsivas e o endividamento, que podem sujar novamente seu nome.
Viu só como é importante renegociar suas dívidas? Então, para continuar investindo no aprendizado para melhorar sua relação com seu dinheiro, confira mais conteúdos especiais aqui no Eu Dou Conta!
Comentários
0
Veja também
Mais lidos