Imagem Meu Decorado | Tenda Blog
Encontre sua inspiração em fotos reais de clientes

INCLUSÃO LGBTI+: UMA ESTRADA DE TIJOLOS COLORIDOS

#JeitoTendaDeSer

22/06/23

Em 1900, Dorothy Gale foi sugada por um ciclone no interior do Kansas (EUA) e desembarcou no reino mágico de Oz. Em Oz, conheceu o Espantalho, que não tinha cérebro, o Homem de Lata, que não tinha coração, e o Leão, que era covarde. O quarteto improvável se uniu em torno de uma causa única: caminhar pela estrada de tijolos amarelos até encontrar o Mágico de Oz, para que o bruxo realizasse seus desejos.

O caminho dos personagens do livro infantil é longo, cheio de percalços e repletos de obstáculos que se colocam entre o cérebro do Espantalho, o coração do Homem de Lata, a coragem do Leão e a volta para casa de Dorothy. Ao longo da caminhada, eles se tornam amigos, apesar das suas diferenças, e dão apoio uns para os outros – “juntos, somos mais fortes”. Algo muito semelhante acontece com a comunidade LGBTI+.

Cada uma das letras da sigla representa um grupo de pessoas que vivem fora do estereótipo da heterossexualidade e da binaridade de gênero. E todos esses grupos se unem dentro da comunidade LGBTI+ para preservar e valorizar a diversidade, ao mesmo tempo que proporciona o sentimento de inclusão dentro de um contexto que se apresenta bastante violento para todos eles.

Dados preocupantes, de Leste a Oeste

De acordo com levantamento do Datafolha de 2022, 9,3% da população brasileira se identifica como parte da população LGBTI+. São mais de 18 milhões de brasileiros que estão vulneráveis a fazerem parte de estatísticas que estão bem longe dos contos de fadas: ter relações homossexuais é proibido em 69 dos 192 países considerados pela ONU, sendo que em 11 deles o crime é punido com pena de morte.

No Brasil, a união civil ou casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal desde 2013 e a LGBTI+fobia é crime, de acordo com decisão recente do STF (se enquadra na mesma lei que criminaliza o racismo e a injúria racial, apesar de não haver uma lei específica para a comunidade LGBTI+ aprovada e sancionada). Apesar disso, em 2022, 256 pessoas foram assassinadas por causa de sua sexualidade.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) contabiliza os dados de violência contra a população LGBTI+ há 43 anos. De acordo com os dados da organização, entre 1963 e 2022, quase 7 mil pessoas da comunidade sofreram mortes violentas. Homens gays entre 18 e 29 anos são as maiores vítimas de violência, sendo o Nordeste a região com maior índice de mortes do país, seguido pela região Sudeste.

Uma pesquisa divulgada em 2021 pelo IBGE mostra que, em diversos cenários, lésbicas, gays e bissexuais são as pessoas que mais sofrem violência no Brasil, quando comparados à população heterossexual. A incidência é mais do que o dobro. As mulheres lésbicas e bissexuais são as maiores vítimas tanto de violência física quanto psicológica e sexual, enquanto os homens heterossexuais são os menos vulneráveis da população.

Aprender a caminhar até a Cidade das Esmeraldas

Orgulho LGBTI+ | Ilustração da comunidade LGBTI+ | #JeitoTendaDeSer | Blog da Tenda

Estudos sobre a população LGBTI+ são recentes e se torna cada vez mais fundamental que haja políticas de combate à violência. No entanto, as estatísticas podem funcionar como os óculos usados pelos moradores da Cidade das Esmeraldas, em Oz: camuflar o que realmente pode mudar a realidade da comunidade.

Se mais de 250 pessoas foram mortas em 2022, então existem outras 250 pessoas que estão dispostas a cometer violências. Essas pessoas são o topo da pirâmide de um grupo muito maior, que sustenta e pratica a LGBTI+fobia fazendo piadas, comentários ofensivos, cometendo julgamentos e aumentando a exclusão.

O percurso da comunidade LGBTI+ pelos tijolos amarelos, portando a bandeira arco-íris, atravessa também a caminhada de toda a população que não faz parte da comunidade, mas que precisa se movimentar em sua crescente de aprendizado. A inclusão é um caminho longo, que está sendo percorrido ao longo de toda a história, desde a condenação de Alan Turning à castração química, por ser homossexual, até a Parada do Orgulho que preenche de cores a Avenida Paulista, em São Paulo.

As empresas não são Cidades das Esmeraldas, não estão fora desse caminho. Pelo contrário, fazem parte do grupo que atravessa os tijolos amarelos para fortalecer a comunidade LGBTI+. Como a Fada do Sul, que deu à Dorothy seus sapatos de rubi, as companhias são importantes aliadas na promoção e garantia da diversidade e da inclusão, principalmente em relação à segurança psicológica de todos os colaboradores.

Na Tenda, os aprendizados em relação aos grupos minorizados, tanto LGBTI+ quanto as pessoas racializadas e as mulheres, são constantemente incentivados. Durante o percurso, o primeiro grande passo foi realizar um censo interno, que trouxesse um diagnóstico sobre a representatividade de cada um dos grupos dentro da empresa.

O segundo grande passo foi a organização de grupos de afinidade, compostos tanto pelas pessoas que representam tais grupos quanto por pessoas aliadas às causas, que buscam aprender mais e se posicionar ao lado de quem está em situações mais vulneráveis socialmente. São dezenas de Dorothys, Espantalhos, Homens de Lata e Leões, de braços dados para chegar até o Mágico de Oz. Se todas as pessoas merecem seu lugar no mundo, todas as pessoas estão juntas na estrada de tijolos amarelos.

Os sapatos de rubi vermelhos

Comunidade LGBT | Ilustração da comunidade LGBT | #JeitoTendaDeSer | Blog da Tenda

Dentro do ambiente corporativo, a inclusão é uma estrada de mão dupla. Acontece de dentro para fora, quando as pessoas se sentem psicologicamente seguras e confortáveis para expressar quem são, quando todos os colaboradores e colaboradoras participam de ações de letramento e aprendizado, quando existem mudanças de comportamento que são consequências diretas das trocas e conversas diárias.

A inclusão também acontece de fora para dentro, por meio de ações e dos exemplos da liderança, que tem papel fundamental na construção da cultura das empresas, por meio da disponibilização de um canal confidencial seguro para que qualquer pessoa que sinta que foi discriminada ou prejudicada possa se manifestar e da certeza de que todos os relatos são investigados e tratados como prioridade, por meio da possibilidade de usar o nome social nas credenciais corporativas, pelo acesso aos benefícios sendo ou não parte de casais homoafetivos.

A inclusão ocorre por meio de um valor inegociável na rotina de trabalho: o respeito a todos e todas, independente de qualquer outra situação. Essa inegociabilidade precisa ser levada ao pé da letra, como buscamos na Tenda, para que as pessoas da comunidade LGBTI+ realmente se sintam seguras em ser quem são, sem restrições ou represálias. Exigir respeito como valor corporativo é como os sapatos de rubis dados a Dorothy, para seguir a estrada de forma segura e confiante.

A estrada que nos leva em direção ao respeito, à diversidade, à segurança e à inclusão da população LGBTI+ é uma estrada construída pelo aprendizado contínuo, tijolos amarelos, verdes, vermelhos, azuis, lilás e verdes que colocamos todos os dias em busca de avanços e conquistas. Quando estamos, juntos, comprometidos em chegar ao mesmo lugar, a Cidade das Esmeraldas brilha na cor da esperança.

 

Autor do Post | Tenda Blog
Escrito por:

Tenda

Quer um desconto de até R$ 55 mil para comprar seu apartamento?

Clique aqui

Seta Ballon down | Tenda.com
Tais subsídio | Tenda.com Ícone fechar | Botão fechar | Blog da Tenda| Tenda.com

Saia do aluguel e conquiste seu apartamento. Dê o primeiro passo agora mesmo.


Deixe o seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

(0) Comentários
Este artigo ainda não possui comentário. Seja o primeiro.